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Capítulo 29 - Bullshit

July e Steven andavam de um lado para o outro. Os dois sabiam exatamente o que estavam fazendo, ou melhor, era o que parecia. Enquanto isso, Slash tentava encontrar as chaves para abrir os portões.

July finalmente achou uma maneira de conseguir desativar o alarme e todas as outras possíveis "armadilhas" que aquele lugar possuía. E, em seguida, explicou a Steven como desativá-lo.

Steven desativou o alarme e Slash apareceu logo depois com algumas chaves em suas mãos. July pegou as chaves e guardou dentro dos bolsos da calça.

Os três correram para dentro, e July, finalmente tomou coragem para conversar com Amy.

A garota bateu na porta do quarto e perguntou:

-Amy? Esta aí?

-Sim... Pode entrar! - July pôde ouvir sua voz distante e calma. -Está aberto.

Ela abriu a porta do quarto e logo que viu a figura loira deitada em sua cama com um livro em suas mãos, abriu um sorriso.

-Está melhor?

-Sim! -Disse com um sorriso e surpreendentemente animada.

-Hum... por que essa felicidade toda? Posso saber? -Perguntou July, sentando na ponta da cama enquanto retirava as botas de couro.

-Nada, eu apenas decidi que chega de sofrer! Esqueça William, esqueça Jeffrey e vamos ser feliz!

-Isso aí! - disse ela, abrindo um sorriso e deitando ao lado da loira. -E falando nisso... posso te perguntar uma coisa?

-Claro, o que é? -Perguntou Amy, apoiando o cotovelo sobre o colchão para observá-la.

-Eu, o Stee, o Slash e o Kurt, estamos pensando em fazer uma fuga.

-Fuga? Como assim?

-Bem, não seria uma fuga exatamente... mas eu já tenho as chaves, então... -Disse ela, retirando as chaves do bolso e balançando em frente do rosto da amiga.

-July, eu não acredito! Você é louca? -Perguntou de boca aberta.

-Não, apenas sou... Enfim, esquece isso! Eu queria perguntar se tudo bem pra você... ir nessa fuga?

-Ah, July. Eu não sei.

-Olha, eu perguntei, porque o Izzy e o Axl também iriam com a gente, e se você não quiser, a gente vai sem eles.

-Não, aqueles dois já não são mais o meu problema, e sim, toda essa fuga que me parece, só parece, que vai dar errado.

July se levantou e cruzou os braços.

-Pensa bem. Nós viemos aqui para um acampamento de verdade, não um quase hotel! Em vez de todos nós fazermos coisas de um acampamento de verdad...

Amy a interrompeu, negando com a cabeça.

-Nós tivemos aquela fogueira, mas em vez disso, nós fomos naquela maldita festa... que eu nem quero lembrar.

-Sim, é verdade. Mas escuta... de qualquer forma, não iria ser divertido como vai ser agora.

-Dona July, como você pretende sair daqui?

-Eu, o Stee e o Slash, já pegamos as chaves e o alarme já foi desativado. Quando estiver escurecendo, nós três vamos ligar Immigrant Song do Led Zeppelin, ou seja, a música será um aviso pra vocês fugirem.

-Mas, July! Se ligarem a música vai chamar a atenção do pessoal, e com isso, pode ser que não dê tempo de todos nós fugirmos... Vai que pegam o Duff no meio do caminho, por exemplo.

-É verdade - disse ela, estalando os dedos. -Ok, nós ligamos a música assim que todos nós estivermos prontos. Isso vai ser legendário, cara! -Gritou July, dando pulinhos.

-Só você, senhorita. E aí? Vai chamar os outros?

-Sim, e faça o favor de chamar o... garoto do caderno.

-Não! - gritou Amy, fazendo July se assustar. -É que... eu nem conheço ele direito. -Disse com um tom de nervosismo em sua voz.

-Ah, isso é o de menos. Vai logo! Me ajuda, lindinha.

-Tudo bem, July. Qual o quarto dele?

-Vinte e três, eu acho... Dá uma olhada por aí, beleza? -Disse ela, acenando e saindo do quarto com pressa.

-Ah, July! Eu mato você. -Resmungou Amy, rindo.

Por fim, a garota tomou coragem e resolveu falar com Dave. Ela saiu a procura do quarto e quando viu o número vinte e três, sentiu um certo nervosismo, mas bateu na porta mesmo assim. Ela estava fazendo aquilo graças a July, então não havia o porquê de ficar assim.

Houve um silêncio e ela bateu mais uma vez. Tudo indicava que ele não estava lá, Amy deu de ombros e virou-se para frente. Porém, ouviu um barulho na fechadura.

-Mãe... - disse Dave com uma voz de sono e aparentemente havia acordado agora.

-Oi, Dav... - ela parou de falar, engolindo em seco. Seus olhos foram direto para onde não havia nenhuma camisa e nem uma regata se quer.

-Ah... Amy! - gritou ele com os olhos arregalados. -Desculpa... eu não... -Disse com certo desespero, tentando encontrar sua camisa em qualquer canto do quarto, mas falhou.

-Tudo bem, eu só... - disse com certo receio e tentando olhar em seus olhos. -Eu só... - disse novamente, cruzando os braços e molhando os lábios. Dave finalmente encontrou uma camisa, vestindo-a com pressa e totalmente vermelho. Provavelmente, Amy também estava assim, pois sentia seu rosto arder. -Hum... a July.

Dave sorriu e disse, tentando quebrar o clima terrivelmente constrangedor:

-Tudo bem? É... perdão, o que era?

Amy finalmente olhou em seus olhos, respirou fundo e disse:

-A July quer fazer uma fuga, e queria saber se você quer participar. -Disse o mais rápido que conseguia para poder sair dali.

Dave franziu o cenho.

-Fuga? Como assim?

-É, a gente quer fazer um acampamento de verdade, entende? Tipo... eu, você, a July, o Stee, Slash, Kurt, Krist, sua namorada e... enfim, nós, entende?

-Sim, isso parece ótimo! - disse animado e Amy riu. -Você vai participar, certo?

-Vou sim, Dave.

-Ok, e quando essa fuga vai acontecer? -Perguntou ele.

-Hm... Ela disse que será a noite, mas acredito que ela irá avisar pra todo mundo ficar pronto.

-Certo, só tenho que manter minha mãe longe.

-Sua mãe? -Perguntou Amy, confusa.

-Sim, ela me vigia até demais.

-Ah, certo. Bem, nós damos um jeito, ok?

-Ok, Amy. -Disse Dave com um sorriso no canto dos lábios.

-Até logo... -Disse ela por fim, sorrindo e virando para frente, mas, mais uma vez, algo impediu a garota.

Dave segurou em sua mão direita e como nos filmes, ela se virou para frente e foi surpreendida. Não aconteceu um beijo, mas eles sentiram. O que sentiram? Talvez ninguém pudesse explicar, mas foi mais forte do que esperavam.

Amy suspirou, abaixando o olhar e olhando para os tênis de Dave. O garoto ainda estava perdido em seus detalhes e logo que ela tentou dizer algo, ele disse:

-Amy, eu sei que parece muito tosco dizer isso, mas... eu sinto muito, você não merecia ser tratada daquela maneira. O Axl é um merda e o Izzy, eu não sei, mas tudo indica que sim. E eu espero, do fundo do meu coração, que você encontre alguém especial. Você merece, Amy. Eu sei que merece.

Amy olhou em seus olhos, sem medo, pela primeira vez. Ela prendeu sua respiração e assentiu, apenas apertando sua mão direita com mais força. Amy queria dizer algo, mas não era preciso.

-Dave... - disse expirando todo o ar e tirando o mesmo de seu devaneio. -Eu vou indo, ok?

-S-Sim, claro. E obrigado por me avisar.

Amy se despediu de Dave e antes de ir, olhou para ele e disse:

-Desculpa, Dave. Desculpa por ser dura com você, você também não merecia aquela falta de educação. Eu estava perdida? Claro que estava, porém, você só queria me ajudar e eu... simplesmente te deixei pra baixo. Sinto muito, desculpa por isso.

Dave ficou surpreso com sua atitude e abraçou-a inesperadamente. Nem ele sabia por que estava fazendo aquilo, mas sentia-se preenchido quando ela retribuiu o abraço.

A diferença de altura de vinte centímetros ou mais, tornou-se particularmente perfeita dentro daquele abraço. Amy colocou seu rosto sobre o ombro de Dave, e com cuidado, ele envolveu seus braços envolta do pequeno corpo da garota. Eles fecharam os olhos e Amy o ouviu falar "você é especial", a loira apenas abriu um sorriso, levando sua mão esquerda até a nuca dele e delicadamente passou os dedos por aquele local.

Dave segurou em sua cintura, mergulhando dentro daqueles olhos claros e vermelhos, pois ela havia deixado algumas lágrimas caírem.

Em um sussurro, quase inaudível, mas involuntário, Dave disse a ela:

-Eu quero beijar você.

Amy negou, levando as mãos até seu peito.

-Ainda não. Estamos perdidos, Dave. Não sabemos se queremos isso ou não.

Dave assentiu, olhando para suas mãos e observando as unhas em um tom bege que pareciam cortá-lo. Ele não queria ouvir isso porque ele não estava perdido. Dave sabia o que queria.

-Eu quero você, Amy. E eu não estou perdido, porque quando eu estou do seu lado... eu só quero uma coisa. Você, Amy, é essa coisa. Essa coisa preciosa e tão bonita. Droga! Desde que eu te vi sair chorando daquela piscina, por causa daquele idiota, eu sabia que você era minha.

-Dave... - ela tentava dizer, mas não sabia como continuar.

-Não, Amy! Você simplesmente não dá valor a quem realmente gosta de você? Sabe... Você já se perguntou o porquê do amor? Já olhou para todos os caras babacas que se apaixonou e se questionou?

-Não, Dave... -Disse ela.

-Você já olhou para mim?

Amy suspirou e negou.

-Eu sabia que você...

Ela sentiu uma certa raiva porque percebia, mais uma vez, um garoto tentando lhe fazer pensar em coisas que a deixavam para baixo, ou melhor, muito para baixo.

-Dave! - gritou Amy. -Para... eu preciso ir, ok? Desculpa, mas não dá. Até!

Dave soltou as mãos de sua cintura e moveu-se para trás, dando espaço para a garota. Amy não olhou para ele, apenas foi em direção ao seu quarto. E, como esperava, o dia iria ser péssimo. Izzy estava à sua frente, procurando uma maneira de passar ao seu lado sem ser notado, mas isso não aconteceu.

Educadamente, Amy parou e tomou coragem para dizer algo. Consequentemente, ele fez a mesma coisa.

Amy olhou em seus olhos e ela ainda gostava da cor dos mesmos. Amy sorriu forçadamente e Izzy fez o mesmo.

-Izzy, a July já avisou você sobre o acampamento?

-Ah, sim... acabou de me avisar. Você... Vai? -Perguntou com um certo receio e nervosismo. Sua voz parecia trêmula.

-Sim, eu vou.

Um silêncio terrível surgiu. Então, Amy concluiu:

-Eu vou arrumar algumas coisas, nos vemos logo.

-Sim... logo! -Disse ele, abaixando sua cabeça e andando rapidamente.

Amy olhou para trás e assentiu sem que Izzy visse.

*

July colocava as únicas coisas que restavam em cima da sua cama.

Amy entrou no quarto e ficou de boca aberta ao deparar com a organização de July.

-Meu Deus! Não é possível que você organizou tudo isso... -Disse ela, referindo-se às roupas dobradas e estrategicamente colocadas ao meio da cama.

-Sim, eu mesmo. - disse abrindo um sorriso. -E as suas roupas já estão ali também. - July apontou para a cama da garota. -Só acho que todas não vão caber em uma mochila, mas... tudo bem. Nossos acampamento não vai durar muito.

-Certo, então... Você tem certeza que arrumou tudo isso?

-Absoluta certeza, lindinha.

-Uau! Parabéns, senhorita July.

-Obrigada.

Steven bateu na porta do quarto e July a abriu, deparando com uma figura loira tampando os olhos e com um sorriso.

-Quero deixar bem claro que... eu não vi nada, nem um pouquinho dos seus...

July puxou suas mãos.

-Deixa de ser bobo, o que quer?

Steven abriu os olhos, olhando para Amy e verificando se a mesma estava vestida.

-Ah, que ótimo! Bem, o Duff e eu queríamos saber se a gente vai ficar esperando a música, ou...

-Não... em relação à música, Amy nos deu uma ótima ideia... Ela falou que se ligarmos a música, podemos chamar a atenção e caso alguém seja lento, pode interromper todos os nossos planos, certo?

-Certo. -Disse ele, assentindo e atento por incrível que pareça.

-Então... eu vou chamas vocês, ok?

Logo que Steven ia falar alguma coisa, a "girafa", como July havia o apelidado, apareceu.

-Sobre o que estão falando? -Perguntou Duff, colocando o braço envolta do ombro de Steven.

Steven abriu um sorriso malicioso para July, em seguida, olhando para cima como uma criança "inocente".

-Nada, Michael. Eu estou falando diretamente com o Stee, não você.

-Tão educada... ai, assim eu me apaixono. -Disse ele com um tom irônico.

Pode-se ouvir Amy rir e Steven também.

-Existem bilhões de pessoas para você se apaixonar, ok? Encontre outra pessoa. Boa sorte, agora eu vou fazer algo mais interessante do que ouvir essa girafa ambulante.

-July, seja mais compreensível e amorosa. - disse Amy, caminhando à sua direção e mexendo em seu cabelo. -Não fala assim com o Duff.

July negou com a cabeça, cerrando os olhos e encarando a loira.

-Ah, Amy! Vão se ferrar... todos vocês! -Disse ela, cruzando os braços e guardando as roupas de maneira brusca dentro de sua mochila.

-July, eu estou brincando... -Disse Duff, indo até ela e passando a mão em seu ombro direito.

-Tira essa mão de mim. -Disse ela, impaciente e afastando-se.

-Você e seu mau humor. Eu só estava brincando, ok?

-Duff, você só atrasa a minha vida... Na realidade, sempre atrasou. -Disse, saindo do quarto sem olhar para ninguém.

July pegou o último cigarro de maconha que estava em sua mochila sem que eles vissem e correu para a sala vazia. Logo depois, acendeu o cigarro com seu isqueiro vermelho que, geralmente, vivia no bolso de seu jeans.

-Droga! -Resmungou com o cigarro entre os lábios, tentando acendê-lo de uma vez.

Quando olhou para a janela que havia no canto da sala, sentiu o seu estômago gelar. Alguém olhava para ela, mas consequentemente, reconheceu que era apenas o Dave.

July sorriu e Dave bateu na porta, abrindo-a em seguida.

-Hey! July, certo? -Perguntou ele, fechando a porta com cuidado.

-Tranque a porta também - disse ela, apontando para a fechadura e o garoto assentiu. -Obrigada.

-Posso sentar? -Perguntou Dave, apontando para o sofá bege em que a garota estava sentada.

-Sim, senta.

Dave se sentou e July abriu um sorriso.

-Sem querer parecer um idiota, mas você tem mais um desse?

-Hm... - disse ela, rindo ironicamente. -Não sabia que o garoto do caderno fumava, ou melhor, fumava uma coisinha em especial.

-Bem, o garoto do caderno não faz isso, mas o verdadeiro Dave sim.

-Gostei disso. Preciso criar uma identidade falsa também.

-É ótimo, devia tentar. -Disse ele, arrancando um sorriso de July que parecia ruim e interessante.

-Bem, eu não tenho mais um, mas se quiser dividir...?

-Ah, claro! Qualquer coisa está ótimo. -Disse Dave, empolgado e July entregou a ele o cigarro.

-O que aconteceu com você? Sei lá, parece estranho.

-Eu fiz besteira, falei o que não devia, entende?

-Sim, claro... Com poucas palavras eu percebi que você é como eu, Dave.

-Isso é bom e ruim ao mesmo tempo.

-Tem razão, garoto.

Dave devolveu o cigarro a ela e fechou os olhos, tentando relaxar.

-Ela não vai adiantar se não esquecer essa "besteira", cara. -Disse July, soltando a fumaça aos poucos.

-Eu sei... e você tem uma solução para essa "besteira"? -Perguntou, abrindo os olhos e encarando a garota.

-Ocupe você com alguma coisa, eu não sei... Tem alguma coisa que você queira muito? -Perguntou ela, olhando para Dave.

Merda, pensou Dave, por que ela era tão bonita? Tudo sempre parecia bonito demais e extremamente difícil para ele. Porém, Dave não teve medo dessa vez.

-Seria errado demais eu tentar esquecer essa besteira... com você?

July riu e negou.

-Não, Dave. Desde que você não vá se arrepender, eu não me importo.

-Eu não vou.

-Eu também não. -Disse ela em um tom firme e, com isso, Dave sentiu pela primeira vez que July era perigosa.

Mas isso não importava, ou melhor, agora não.

Um, dois, três, pensou ele, e July se aproximou.

Dave também se aproximou e quando ficou próximo o bastante para beijá-la, com os lábios a poucos centímetros de distância, eles se encararam.

-O que foi? -Perguntou July com a voz fraca.

-Eu não sei. Eu nunca havia visto que você era tão bonita... Quero dizer, você era bonita, mas agora...

-Dave, você vai me beijar ou vai ficar falando sem parar? -Perguntou ela de uma só vez.

Dave abriu um sorriso e a beijou. Ele estava com certo receio de tocar em seu corpo, mas tocou. Não havia um porquê de ter medo, ele já havia chegado até aqui. Delicadamente, Dave colocou suas mãos na cintura da garota e ela moveu seu corpo para frente, colocando suas pernas sobre o colo do garoto.

July segurou em seu rosto com a mão direita e com a outra levou até a nuca de Dave. Ela retribuiu o beijo e sentiu as mãos do mesmo em suas coxas. July abriu um pequeno sorriso e parou de beijá-lo.

Dave abriu os olhos, encarando-a com uma expressão preocupada.

-Dave, nós temos que ser rápidos e você sabe disso, certo?

-Claro... - Dave engoliu em seco e com dificuldade, perguntou: -Quer parar por aqui?

-Parar? Está brincando? -Perguntou July e ele riu.

July era mais elétrica e perigosa do que parecia, e Dave havia comprovado isso apenas com a maneira que ela o beijava.

Dave estava adorando, ele podia realmente viajar em outra dimensão enquanto sentia seu gosto.

July levou as mãos até a barra da camiseta de Dave, puxando-a para cima com certa agilidade. E, naquele momento, Dave se perguntou como ela conseguia ser tão confiante e incrível em cada coisa que fazia ou dizia.

July colocou a camiseta do garoto sobre o chão e disse, olhando para a mesma:

-Ela vai ficar bem.

Dave assentiu, perguntando:

-Posso tirar... sua blusa?

July riu, afirmando com a cabeça.

-Não precisa pedir, apenas faça. Agora só há você e eu. Não precisa ficar com medo ou vergonha, você é... bonitinho.

-Ok, espero que tenha sido um elogio.

-É, considere como um.

Então, assim como ela disse, Dave retirou sua blusa e olhou para os seus seios. Ele os encarou por um certo tempo, até July o beijar de novo.

Dave segurou no rosto de July, descendo as mãos até sua cintura e inclinando-se para retribuir o beijo. Rapidamente, Dave segurou em suas pernas, colocando-a deitada sobre o sofá. July envolveu suas pernas envolta do quadril do garoto e Dave se ajeitou, finalmente conseguindo sentir o corpo dela contra o seu.

Dave desceu os lábios para o seu queixo e, por fim, desceu até o seu pescoço. July sentiu uma certa onda elétrica naquela região e sentiu um arrepio em seus braços. Ela inclinou a cabeça para o lado, pedindo para que ele continuasse. Dave distribuiu beijos delicados em seu pescoço, e apoiou suas mãos sobre o sofá, guiando seus lábios até o ombro da garota.

July olhou para ele, abrindo um sorriso e colocando algumas mexas do cabelo de Dave para trás. Assim que ele retribuiu o olhar, fez uma pausa, beijando os lábios da garota.

Dave passou sua mão direita sobre a barriga da garota e desceu para o cós de sua calça. Ele olhou para ela, certificando-se de que estava tudo bem. Assim que abriu o botão da calça de July, ela beijou seu queixo. Aos poucos, Dave abaixou o zíper de seu jeans escuro e colocou suas mãos sobre as coxas da garota, ajoelhando-se e puxando a calça da mesma para baixo. July ainda o encarava de um jeito perigoso e misterioso. Dave colocou a calça de July próxima a blusa que ele usava minutos atrás e beijou sua barriga enquanto a observava. July colocou uma de suas mãos sobre o cabelo do garoto, envolvendo alguns fios entre os seus dedos e guiando-o para baixo. Dave desceu os beijos e ela assentiu, olhando para ele e dando permissão para o garoto fazer aquilo.

Dave beijou sua coxa esquerda e desceu até sua virilha. Assim que beijou sua intimidade, ainda coberta, July suspirou prendendo seus lábios.

Dave a beijou devagar, movendo seu corpo para cima e, assim que ela ficou sentada, ele levou suas mãos ao fecho do sutiã. Dave moveu os lábios para a orelha da garota e passou os lábios de maneira superficial sobre o seu pescoço. July sentiu um arrepio ao ouvir sua respiração tão próxima. Porém, dessa vez, ela também sentiu uma necessidade de sentir o gosto de seus pecados e conhecer a fundo suas "besteiras".

Dave abriu o fecho e retirou o sutiã devagar enquanto July ainda mantém os olhos em seus lábios.

-Você é realmente... - Dave se perdeu nas palavras porque aquela era a melhor visão que já havia tido em dezessete anos.

July sorriu, empurrando-o com cuidado. Assim que Dave concluiu sua frase, ela sentou sobre seu colo. Ele levou as mãos até sua cintura e July segurou em seus ombros. Ela acelerou o beijo com as mãos em seu pescoço e pediu passagem para língua, Dave abriu um sorriso entre beijo e cedeu.

-Hey... -Disse ela, ainda explorando cada canto de sua boca.

-Sim? -Perguntou ele, levando as mãos até suas costas, onde envolveu os braços e trouxe seu corpo mais perto.

-Gosta de Black Sabbath? -Perguntou, afastando seus lábios para olhar em seus olhos.

-Claro, por quê?

-É uma pena não podermos fazer isso ao som de Heaven And Hell.

-Ou ao som de Voodoo Child...

-I Can't Quit You Baby...

Dave assentiu, descendo as mãos para os seus cotovelos e ambos riram. Logo depois, July guiou Dave para se deitar no sofá, assim que o mesmo deitou, ela colocou seu corpo sobre o dele, sussurrando em seu ouvido:

-Posso apagar as luzes?

Dave prendeu os lábios ao sentir July colocar sua mão sobre o botão de sua calça e descer até seu zíper com o olhar mais uma vez intimidador e realmente incrível.

Ele assentiu e July beijou seu pescoço, levantando-se e indo em direção ao interruptor. Dave a olhou, observando cada movimento que ela fazia. E, logo que ela se virou, os olhos do garoto percorreram cada centímetro do seu corpo.

July retirou sua calça, mais uma vez, mantendo o olhar misterioso. A garota distribuiu beijos por seu pescoço, ombro e chegou até os seus lábios. Assim que July colocou seu corpo sobre o dele, levando suas mãos até seu rosto, uma voz baixa, em uma tentativa falha de abrir a porta, disse:

-July, você está aí?

Ambos pararam com o beijo e Dave a olhou, com uma expressão assustada, e July permaneceu calada. E novamente, ouviu-se a voz da pessoa ao lado de fora.

-Merda... É a Amy. -Sussurrou ela o mais baixo possível, mas Dave conseguiu entender.

-O que vamos fazer? -Perguntou ele, passando as mãos em sua cintura.

-Eu não sei... veste sua roupa!

Dave concordou e July se levantou apressada, procurando por suas roupas o mais rápido possível. Ele vestiu sua calça, enquanto July, vestia sua blusa.

-July, essa é a minha blusa. -Disse Dave, tentando controlar o riso.

-Deixa, a gente inventa alguma coisa.

July foi até a porta e destrancou a mesma, conferindo se Dave já havia colocado a calça. O garoto assentiu, cruzando os braços e focando na porta.

July a abriu e Amy rapidamente olhou para Dave.

-Eu não acredito... -Disse a loira, rindo com nervosismo.




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