A+    A-

Capítulo 1 - Ruby Decode The Trees In The Forest

Onde está meu controle? Onde está minha mente? Meu descontrole? Tudo isso se resume em Axl Rose.

Onde estão meus pensamentos? Onde está o verdadeiro EU? Minha inspiração? Tudo isso se resume em Kurt Cobain.

Confusos. Medrosos. E inimigos. Dois astros do Rock, totalmente opostos em absolutamente tudo, porém, uma coisa eles tinham em comum... A multidão. Holofotes, guitarras, fãs, pressão, mídia e o principal: música.

Kurt Cobain provavelmente precisaria mais de alguém do que Axl Rose, contudo, ambos tinha um desejo imaginável por aquele que odiava intensamente. Isso era apenas guardado tanto para o grunge e tanto para o ruivo. Eles sabiam que isso era apenas uma loucura passageira e que quando menos esperassem, esqueceriam de tudo. Seria rápido ou talvez nem tanto.

1 de março, 1994.

Aqui vamos nós. Mais um show, mais uma dor e mais uma vez: Nirvana.

- Nirvana, Nirvana, Nirvana! - uma multidão imensa gritava freneticamente.

Kurt iria sorrir e no final agradeceria acenando como geralmente fazia. Por trás daquele sorriso e daqueles gritos de dor, havia um garoto frágil. Tudo era novo, a cada segundo, uma música, um álbum e alguém querendo lhe matar. Não, não matar no sentido real, mas sim, matar lhe perguntando e pressionando em relação à tudo.

- Rape me! - ele gritava com dor e medo, o seu protesto interior.

Ele encerrava o show por ali. Mas não encerrava sua dor. "O que ele precisava?" perguntava a si mesmo. Ele precisa de mais heroína correndo por seu sangue?

E ela estava lá, uma agulha, uma droga, uma morte mais rápida. Um medo e um sorriso amargo.

* * *

- Axl, Axl! - alguém gritava próximo do vocalista, porém era apenas mais uma voz.

Ele tentava ignorar tudo e todos, principalmente os seus pesadelos de infância. Parecia estar se divertindo tanto. Mas ele realmente estava, como desejaria?

Rose se escondeu mais uma vez, dentro de um carro, apenas olhando aquelas gotas de chuva que escorriam pelo vidro escuro. Gosta da chuva? Interessante, ele também.

Por quê? Por que você gosta da chuva? "Acho fria e aconchegante. Igual a minha alma."

- Precisamos sair agora! - homens de terno gritavam.

Eles lhe interromperam mais uma vez. Droga! Mais uma vez, não conseguia refletir o porquê gostava tanto daquela chuva. Droga! Onde está meu tempo? Onde ele está? "Nunca posso saber." Indecifrável.

Deitar sobre a cama, tomar um banho e olhar para aquele teto amarelo e descascado. Mas era somente um teto, não era seu quarto, como desejava que fosse. Era só mais um quarto. Era só mais um dia. Um dia confuso e idiota. Idiota, sem graça e sem algo. Algo faltava, alguém faltava, porém, estava enrolado nele. Era tudo tão... Estranho.

* * *

- Olá, olá querida amiga. - Kurt dizia baixinho no banheiro de um quarto que havia achado mais interessante do que o outro que conheceu uma semana atrás.

Um, dois e injeção. Olá Droga. Você. Vício. Mãe. Pai. Vocês. E você.

Olhos fechados e um corpo drogado, necessitado e viciado. Gritos internos. Uma arma e um dedo abaixo de seu queixo.

- POW!

Barulho na porta, eram eles. Todos iguais sorriam e cantavam. Fumavam e lhe matavam. Por favor fique, ele gritava lá no fundo, mas na verdade diria:

- Vá embora. Por favor. Eu não preciso de vocês.

Não, não vão. Eles se foram. Droga maldita.



* * *

Garotas. Olhe para todos eles, olhe para aquelas pessoas chorando. Por quê? Todos nós temos demônios e problemas, por que ainda há mais ódio?

Gosta mesmo disso tudo? Você está feliz? Onde vamos agora? É divertido? Não, não. Fora da minha mente e parece que está tudo tão claro. Claro? Não, só há um vazio, algo escuro. Sinto sua falta.

"Axl Rose, está se distanciando? Onde está o Guns N' Roses? Onde está a lendária banda? Onde estão aqueles roqueiros loucos?" A Televisão anunciava a cada segundo. Ele desligou aquela coisa insuportável e fechou seus olhos, respiração funda. Todos eles em sua cabeça.

Pode ficar aqui? Onde você está? Eu sinto sua falta, por algum motivo.

Ele precisava descer e encontrar um lugar. Rose desceu. Desceu para a floresta. Ela ficava próxima e diriam que ela seria perfeita para os mortos.

Caminhou até aquela casa de madeira e olhou algo sentado sobre o chão, e enxergou uma fumaça subindo para cima, então aproximou-se.



* * *

"Kurt Cobain, viciado em heroína. O que aconteceu com o líder do Nirvana? O pior show do Nirvana. Brasil. Kurt Cobain estava drogado? E a overdose em Roma?" A Televisão lhe deixava atordoado. Desligou aquilo mais uma vez, tentando ter uma Vida por poucos segundos.

Levantou-se, olhou-se no espelho e tentou sorrir, apoiou suas mãos sobre aquela pia velha e tentou ver seus olhos. Pode correr agora?



* * *

Almas. Olhos. Corações. Segurando em você. Decifrando seus olhos.

Kurt corria por volta daquela floresta. Onde havia árvores perdidas por todo canto.

Entretenha minha fé.
Entretenha minha fé.
Entretenha minha fé.

Não podemos parar Axl. Não podemos parar Kurt. Segurando em você, puxando sua blusa e tentando brincar de esconde-esconde com seu amor. Eu posso amá-lo. Eu quero beijá-lo. Eu quero encontrá-lo. Eu quero segurar em você.

Árvores, árvores. E lá estava você mais uma vez, sentado e tentando lhe compreender. Cigarros. Pesadelos. Amargura.

- Posso ficar? - perguntou sentindo aquele vento bater sobre os cabelos dourados do garotinho.

Ele olhou para trás e fechou seus olhos sorrindo.

- Isso é uma floresta? - pergunta passando a mão sobre a grama.

- Dos mortos?

- Dos mortos, Kurt.

- Alguém precisa nos vigiar. - ele sussurrou.

O ruivo sorriu e afirmou com a cabeça.

- Você está certo, podemos nos matar.

- Mas você não se sente morto?

- Sim, eu me sinto.

- Está tudo tão difícil, vozes...

- Medos, confusões, multidão, televisão...

- E Você. - os dois sussurram se olhando pela primeira vez depois de tanto tempo.

- Escuta... - o loiro fala em seu ouvido.

- O quê? - perguntou confuso.

- O silêncio nas árvores. A respiração.

- Eu quero escutar seus pensamentos, sua voz. Pode deixar?

- Posso. - o garotinho afirmou.

O beijo. Sua boca. Seu gosto. Seus pensamentos. Seguro em você. Decifrando seus olhos, seus lábios, suas mãos e sua respiração. As árvores.

Ele o amava. Ele o amava. Agora ainda mais.

- Você consegue escutá-los agora? - pergunta Kurt.

- Sim. Pode deixar seu gosto, mais uma vez?

- Não posso. Mas eu quero, eu quero.

Um gosto novo. Mais uma vez aquela aflição invadia ambos, mais uma vez entretendo seus medos. Entretendo sua fé. Podendo ouvir os pensamentos, as árvores com as cordas caindo sobre todos os lados. O suicídio culposo. As crianças se encontrando e escondendo seu amor.

Um corpo sobre o chão, o garoto sorrindo e o garotinho tentando se manter no controle, levando sua mão até o rosto de sua droga forte e proibida. Cigarros sobre o chão e em seguida um gosto de nicotina. Poderiam se beijar, dizer as palavras, segurar no outro. Mas preferiam ouvir os silêncio das árvores. Olhar o Azul tão suave, o Verde que lhe causava medo e arrepios.

- William... - ele sussurrou fechando seus olhos e sorrindo, o Verde ainda lhe assustava.

- Kurt?

- A gente, nós? Estamos...?

- Acredito que sim. - respondeu ele passando seu dedo indicador sobre sua sobrancelha e descendo até seus lábios.

- Você está ouvindo, a respiração?

- Estou ouvindo. - afirmou.

- Eu também. - o azul disse abrindo os olhos, mas eles ainda ficavam menores pelo sol forte batendo em seu rosto.

- Eles são bonitos...

- As árvores? - o garotinho perguntou, franzindo sua testa.

- Seus olhos.

Deitado sobre ele, segurando em suas mãos e beijando seu queixo, descendo até seu pescoço e por fim, seus lábios. Sua mão passando por sua cintura e subindo até o dourado triste dos cabelos.

As suas mãos azuis, indo até o vermelho que lhe deixava fechar os olhos de forma leve. Entrelaçando seus dedos e, de forma silenciosa, puxando os fios vermelhos e leves.

Crianças sobre a grama, dizendo olá e decifrando as árvores. Beijar, segurar e enlouquecer.

Segurando em seu rosto e abrindo os botões da velha camisa xadrez azul. Sentindo seu gosto. Olhando a cor da sua pele e provando um lugar novo, sua boca seca e agora molhada. Seu sorriso que era preso pelos lábios e suas mãos passavam pela blusa preta que lhe segurava.

Um, dois, três. Lhe entretendo mais uma vez. Beijando seu corpo e tocando em sua alma. Suspiros. Olhares se cruzando. Mexendo nos fios dourados e tirando dos seus olhos. Isso era real. Os sons da guitarra. As notas. Os sons do cigarro. Nossas palavras.

Um, dois, três. Conhecendo seu corpo e dessa vez descendo pela floresta. Segurando em você. Decifrando o gosto de sua boca, escutando seus demônios e escutando o silêncio das árvores.

- Real. - o garotinho disse de olhos fechados, enquanto o outro envolve seus dedos e segurava em sua mão fortemente.

- Nós. - o outro respondeu, deixando ecoar sua voz por todo aquele lugar.

Silêncio, nós. Corpos agitados, corpos dançando, corpos cantando, sangue fervendo e corpos se desejando. Suspiros abafados. Corpos quentes, segurando em sua calça e sentindo o gosto de seu pescoço. Dobrou seus joelhos e segurou em seu rosto. Céu azul. Segurando em seus ombros e abrindo seus olhos. Olhares e um verde escuro. Azul como o céu e verde como a grama. O tempo parou. Sentindo você. Suspirando devagar, beijando seu rosto e sentindo você.

Envolta de nós, silêncios e almas. Tocando em você, sentindo mais uma vez e apenas abrindo seus lábios, tentando não assustar com sua cor favorita. Esverdeado.

Entretendo seu corpo, sua fé e suas cores. Decifrando as árvores e nós. Agarrou no vermelho, agarrou em seus ombros e mordeu seus lábios. Sentiu seu gosto e suspirou mais uma vez. Beijando seu pescoço e descendo suas mãos até seu rosto e um beijo de medo, ansiedade e desejo. Amando você, segurando em você. Decifrando sua pele, suas mãos, suas bochechas, seu pescoço, sua orelha e sua roupa. Apertando sua cintura e se assustando?

Doloroso. Depressivo. Ansioso.

Atordoado. Desgastado. Amaldiçoado.

Corpos correndo, seu libido. Respirar ofegante, se desintegrar e entregar. Correr o risco e te enrolar. Segurando em você, enrolando em seu corpo. Sentindo seu gosto e segurando em seu rosto. Beijando seu pescoço e movimentando nossos corpos.

- Eu não devia dizer... - o garotinho disse apertando seu braço.

- Tudo bem, não precisa. - ele falou próximo de seu ouvido.

Uma sensação correu pelo corpo de ambos e no mesmo ritmo, respiração, medo, desejo e vontade, arrepiaram suspirando e se desintegrando sobre o corpo do outro. Deixando todo o peso e o suor caírem. Levantando seu corpo e a nicotina. Lábios molhados e cordas em seu pescoço, abrindo suas bocas e respirando. Azul no verde. Ciano. Amarelo e Dourado. Vermelho. Nós. Finalmente encontrando o amor e segurando um no outro, enquanto decifram as árvores na floresta. Tudo tão novo.

- Você pode ouvir eles? - perguntou o azul.

- Eu posso, você pode sentir?

- Sim, podemos.

Azul e Verde lado a lado, corpos cansados e mentes deletadas. Lábios contra lábios, a vitamina. Igualmente a você. Sorrisos doces e crianças segurando em suas mãos.

- Eu gosto do azul dos seus olhos. - Axl sussurrou olhando para o loiro que ainda observava o céu atentamente.

- Eu gosto do verde.

- Quer voltar para casa? - pergunta olhando as mãos de ambos em um encaixe de quebra-cabeça.

- Não, eu quero ficar aqui... Com você.

- Eu também. - ele concordou suspirando.

Assim que Kurt olhou para Rose e beijou-lhe, levantou e levou o garoto até uma árvore.

- Onde estamos indo?

- Para as árvores.

Quando Cobain encontrou a pequena árvore que havia caído e quebrado uma parte de seu corpo pela primeira vez, puxou ele pelas mãos, subindo até o pequeno galho que havia do lado esquerdo, sentando com cuidado.

- Aqui é tão alto. - disse Axl, sentando ao seu lado.

- Logo, logo, vai parecer baixo, não se preocupa. - respondeu Kurt, deitando em seu ombro e sorrindo.

- Tudo aqui é tão lindo...

- Inclusive você. E seus olhos. - o garotinho falou.

O ruivo olhou para Kurt e passou os dedos sobre seu cabelo e depois abraçou-lhe olhando para o céu.

O céu perdeu o azul que continha e escureceu para um azul tão escuro e assustador. Agora o azul não combina com seus olhos e muito menos com sua blusa.

- Volta pra casa. - disse o azul, abraçando o verde.

- Não, acho que eu já encontrei a minha.

- Já? - perguntou confuso e olhando para sua cor favorita.

- Sim, ela está bem aqui. Ele está aqui.

Os dois sorriram e aquele gosto que jamais haviam experimentado ou imaginado, surgiu na boca de cada um.

- É melhor correr! - gritou Kurt.

E lá estavam, duas crianças correndo em círculos e brincando de esconde-esconde, ou até mesmo, demonstrando seus sentimentos de ódio com a forma mais pura: amor.

Cobain correu para a árvore se escondendo atrás dela e observando sua cor favorita de longe, enquanto sorria baixinho.

- Eu estou aqui. - sussurrou.

- Corre! - ele gritou, fazendo o garotinho sair como um foguete dali.

Risadas e Crianças armadas. Te encontrei e o abracei. Forte, muito forte. Alcancei seus punhos.

Lá, lá, lá. As crianças cantavam, lá, lá, lá. Não se esqueciam das histórias românticas, até que o verde se misturou com o azul, havendo uma só cor. O vermelho e o dourado em um só. As estrelas e o céu. Nós. Agradecidos e sorrindo. Corações batendo e luzes de perigo. O garotinho do All Star e o garoto da bandana, eram apenas duas pessoas. A fama não existia mais, os problemas, alguns. A televisão era só um objeto e as notícias um entretenimento. Um entretenimento para a felicidade dos dois.

- Eu amo o Azul.

- Eu amo o Verde.

Sentindo suas mãos e sua boca. Ele gostava dela. Seu gosto era como seu chocolate preferido, como a comida que sua avó preparava. Era tudo tão divertido. Segurei em sua mão e descemos a floresta, sorrindo e nos olhamos. Encarando e espantando. Ele era chamativo, chamas acesas. Corremos tão rápido, mas nossas mães não nos impediram dessa vez, não xingaram as crianças e não fizeram elas parar.

Ruby. De onde você veio? Você é um anjo caindo? Eu amo o seu sorriso, quando você fecha seus olhos e quando respira fundo. Você é de verdade. Bonito, confuso, uma doença e uma inteligência, negligências. Pode me dizer aquilo que eu quero ouvir?

- Eu estou aqui. - o garotinho sussurra, entrelaçando nossos dedos e colocando o indicador sobre seu lábio, pedindo silêncio.

- Podemos gritar? - a cor assustadora perguntou.

- Ainda não... - responde ele, fechando os olhos e levantando sua cabeça, enquanto ouvia algo.

- Um pássaro. Ele diz algo... A árvore têm cordas amarradas em seu pescoço. Agora grite!

Gritamos. E quando nossa garganta se incomodou interrompendo toda a dor e cor, nós pausamos e sorrimos ouvindo o canto do pássaro.

- Me guarde, em sua caixinha. Em seu coração.

Eu guardei aquele pequeno pássaro em meus braços, deixando suas asas cresceram e dessa vez ele voou. Azulado e Esverdeado. Dourado e Avermelhado.

- Ruby - Azul falou pausando. - Pegue minha mão. Decifre as árvores na floresta. Amarre nós. Por favor, Ruby.

- Azul e Verde, lado a lado. Azulado e Esverdeado. Segurando em você. Árvores e uma Floresta. Aqui estou eu, Ruby.



* * *



O Verde, o garoto, abriu seus olhos, olhou o relógio e observou a Televisão. Seu coração parou de correr e dessa vez ele estava parando aos poucos. O sonho. Agora ele podia decifrar o porquê gostava tanto da chuva.



5 de abril, 1994.

Kurt Donald Cobain está morto.

O Azul desbotou, o Azul perdeu sua cor e Ruby não decifrou as árvores na floresta. Tudo. O silêncio era tão instável. Sua cor favorita agora era só uma simples cor, era só o azul do céu. Não havia mais o Azul dos seus olhos. Uma dor. Desamarrado de você. Correndo para o quê? Desculpas. O silêncio das árvores. Desintegrando. Amando todos os seus gostos. Lembrando das suas mãos. Sua boca, seus medos e sua roupa. Seu cigarro e seu cabelo. O dourado e o seu sorriso. Os olhos. Azul. Azulado.

Ele voou para longe, ele dizia olá, baixinho. O garotinho estava descansando agora. Suas asas estavam limpas. Sua mente brilhava. O Dourado preenchia o céu naquela manhã e todo a grama verde que a floresta dos mortos continha. Não havia mais dor. Amor ou Olá. Eu amo o Azul. Ruby estava sorrindo.

Ele podia escutar a sua pequena morte. O pequeno disparo da arma sobre seu queixo, a bala e todas as profundas respirações. Todos eles rodeando sua mente e Ruby. Ele podia ver as árvores de outra forma e relembrar do azul de seus olhos e sentir suas mãos. Agora. Sentindo você. Respirando por nós. Segurando em você. Ele podia decifrar as árvores na floresta. Lágrimas.

- O Azul... - sussurrou. - Ruby.

Ruby assoprou um pedaço de papel que pousou sobre a janela. Ele olhou para aquele quarto e viu um garoto feliz e saudável. Pegou o papel sobre a mão e leu baixinho, algo que tocou seu coração e acordou seu sorriso:

Enrolei-me com você, prendi-me em você. Nada foi o suficiente para perceber que estava morrendo e puxando minhas armas, somente para ter você. Pode ver? Eu estou tão quebrado e tão louco, fique só uma noite. Eu estou brincando de esconde-esconde com seu amor. O Verde dos seus olhos me assustam, mas são tão importantes. Verde, é a minha cor favorita. Você é a minha cor. Fique aqui e morra junto comigo. Porém, fique com seu coração vivo, eu preciso amá-lo. Eu estou segurando em você. Eu amo o Verde. Eu amo a sua cor. Eu amo você. Eu não vou te perder, eu juro. Deus! Eu juro. Segurando em você. Azul e Verde. Amarelo e Vermelho. Azulado e Esverdeado. Dourado e Avermelhado. Explosão de cores. Combinados. Eu amo o Verde. Para sempre amarei você. Eu amo o Verde. Ruby decifra as árvores na floresta.

- Eu amo o Azul. Eu amo o Azul... Eu amo o Azul!

Lá de cima o garoto frágil sussurrava:

Eu estou apenas brincando de esconde-esconde com seu amor.




^ back to top ^